A publicação de hoje é dedicada a quem, como eu, é entusiasta de automóveis, mas não só! Sim, porque o interesse do museu da gigante de automóveis de luxo não se limita à sua coleção mas também ao próprio edifício, brilhantemente arquitetado, tanto pelo design vanguardista como pela forma genial como o espólio se encontra disposto.
A visita inicia-se no lobby principal através de um futurista elevador que nos leva até ao topo do edifício projetando imagens históricas na parede contralateral, ao chegar ao último piso ouvem-se galopes de cavalos, os pioneiros da locomoção terrestre. A partir daí é só descer, uma vez que o edifício foi desenhado numa espiral descendente ao longo da qual está disposto o seu espólio, apresentando-se por ordem cronológica, desde o período mais antigo, no qual se encontram os primeiros carros, barcos e aviões desenhados pela Mercedes-Benz, passando pelos loucos anos 80, até chegarmos ao presente, com os últimos modelos elétricos, já nos pisos mais inferiores, isto sem nunca nos apercebermos que estamos realmente a descer. Adicionalmente, para além da disposição cronológica, existem ainda áreas temáticas, dedicadas aos transportes públicos, serviços e carros de famosos como o Papamobile ou o carro da Princesa Diana.
Este é um ponto turístico incontornável para quem visita Estugarda, a cidade que parece (ou que é mesmo) patrocinada pela Mercedes-Benz, desde a estação de comboios ao estádio de futebol, não só pela componente automóvel mas também pela vertente histórica, na qual nos conseguimos perder maravilhados por um quotidiano não muito distante porém esquecido. O museu celebra este ano o seu 10º aniversário e conta com um programa extenso de eventos, tudo ótimas razões para dar lá um saltinho.