O cansaço das intermináveis horas de voo desvanece no momento em que pisámos o chão sagrado de Bali. Visitar esta ilha da Indonésia não é apenas mais uma viagem, é toda uma experiência cultural, uma aventura pela natureza e uma descoberta espiritual que nos transcende. Apesar de ser um destino turístico e comercial, supera todas as nossas expectativas, faz jus ao hype e nos deixa em êxtase absoluto. Vamos desvendar os mitos para que possas começar a planear agora mesmo a tua visita.
Voos
Começamos pela parte que dói mais: a viagem até lá. A maioria das rotas tem a duração de cerca de 22 horas de percurso, com uma ou mais escalas. A faixa de preços situa-se entre os 500€ e os 900€, para ida e volta em classe económica, sendo que pagar mais que isso não me parece que seja razoável. Quanto mais cedo reservarmos, maior a probabilidade de apanharmos uma pechincha. O meu voo ficou por 700€, pela Singapore Airlines, com escalas em Frankfurt e Singapura.
Quando visitar?
O clima na Indonésia divide-se em estação seca, entre abril e outubro, e a estação das chuvas, entre novembro e março. Sugiro que se opte por datas dentro da estação seca ou num período de transição, pois as temperaturas são mais amenas e existe menos precipitação. Devemos também evitar os meses da época alta, como julho, agosto e dezembro, altura em que os preços sobem abruptamente e a ilha fica inundada de turistas. Nós fizemos a nossa viagem no final de outubro e início de novembro e apanhámos um tempo incrível.

Por quanto tempo?
Resposta rápida: quanto mais tempo melhor! A ilha tem imensa coisa para ver e toda a atmosfera remete para nos prender por lá tanto tempo quando possamos dispensar. Contudo, sei o quanto é difícil fazer a gestão dos nossos dias de férias e por isso recomendo, no mínimo, 10 dias no terreno, isto é, sem contar com o tempo de viagem.
Regime de entrada e moeda
Para visitantes de Portugal, é apenas necessário passaporte com pelo menos 6 meses de validade à data de saída da Indonésia. O visto conferido à chegada é gratuito e válido por 30 dias. Para estadias de duração superior é necessário um visto especial emitido pela embaixada da Indonésia, ou então, sair e voltar a entrar do país após os 30 dias iniciais.
A moeda utilizada é a rupia indonésia (IDR) e, como sempre, aconselho a utilização do cartão Revolut para evitar o pagamento das taxas de cambio e de levantamentos (vê como aderir de forma gratuita aqui). Funcionou na perfeição em todas as caixas multibanco que utilizei e melhor ainda nos pagamentos diretamente com o cartão.
Saúde e segurança
Tendo em conta o clima exótico, propício a doenças tropicais a que não estamos habituados, é indispensável a realização da consulta do viajante. Desta forma conseguimos viajar informados acerca dos cuidados a ter, nomeadamente a nível de higiene ou até mesmo medidas para nos ajudar a enfrentar as longas horas de voo. No meu caso, tive também que tomar a vacina da Hepatite A.
O povo balinês é extremamente simpático e acolhedor e em nenhum momento me senti inseguro, no entanto, isso não invalida o uso do bom senso. Uma vez que, para usufruirmos do melhor que a ilha tem que para oferecer, implica termos que nos aventurar por caminhos pouco acessíveis e um tanto perigosos, é fundamental um bom seguro de viagem. Eu uso o seguro da IATI, que oferece assistência 24h/dia em português e é livre de franquias caso seja necessário ativar. Ao aderires aqui, obténs 5% de desconto sobre o preço de tabela.

Onde ficar?
Para uma primeira visita, e de forma a termos uma maior flexibilidade nas deslocações pela ilha, precisámos dividir a nossa estadia em duas áreas distintas: zona da península de Bukit, permitindo-nos conhecer facilmente a região sul, as praias e o estilo de vida noturno, como Seminyak, Kuta, Jimbaran, Nusa Dua e Uluwatu, e a zona de Ubud, para mergulharmos profundamente na natureza e nas tradições balinesas.
Os preços dos alojamentos são estupidamente baixos e não faltam opções de excelente qualidade. Tirando proveito desse facto, ficar numa villa com piscina privada e num resort de luxo são duas experiências que devemos tirar proveito. Claro está que o quarto-de-banho ao ar livre é um dos requisitos a cumprir!
Quanto a nós, em Jimbaran, ficamos numa villa privada no KUBU GWK e, em Ubud, optámos pelo resort Adiwana Arya Villa, com vista para os campos de arroz. Cada um proporciona uma experiência diferente mas são ambos altamente recomendáveis.
Transportes
Os transportes públicos são praticamente inexistentes em Bali, obrigando-nos a encontrar formas criativas de explorar a ilha. Muitos turistas optam por alugar uma scooter, contudo, o trânsito é caótico, circulam no sentido contrário ao europeu, a maioria dos lugares a visitar são de difícil acesso, em ruas mal pavimentadas e em penhascos para a morte certa, e por isso mesmo, não é algo que recomende, a não ser que tenhas por perto um ávido e experiente condutor de mota a quem possas confiar a tua vida. Para além disso, vais precisar de uma licença de condução internacional.
A opção segura passa por contratar um guia/condutor local e experiente que te acompanhe. Pesquisei várias empresas mas foi na Go Adventure Bali que conheci a Nilla, uma guia local, super atenciosa e disponível que, para além de nos levar onde queríamos, recomendou-nos locais para comer e ainda nos tirou fotos magníficas. É também muito flexível, tem pacotes já predefinidos para excursões de dia inteiro e foi uma ajuda preciosa no planeamento do itinerário.
O que fazer?
Brevemente
4 opiniões sobre “O derradeiro guia para visitar Bali”